C - DicasDançaS

í n d i c e
NOTAS GERAIS
- calçado para a prática da dança
- danças, passos, coreografias... e seu uso
SALSA
-passos nível I (aquecimento em shines; salsa a par em linha; salsa a par cubana; passos típicos de roda)
DANÇAS ORIENTAIS
- dança do ventre
- dança com véu
- dança do jarro/cântaro
- folclore egípcio


NOTAS GERAIS

----------Calçado para a prática da DANÇA----------

Cada dança tem o seu sapato específico, adequado ao que se exige da postura geral do corpo, do que se espera da movimentação localizada do pé, do tipo de aderência que o sapato dave ter em relação ao piso.
Exemplo é que ninguém se lembraria de praticar Ballet com sapatos de tacão alto... mas imaginem o que seria fazer danças de salão de chinelinhas!?
Os fabricantes - que disso vivem e lucram - usam e abusam em invenções, criando especificidades onde elas não existiam; se o mundo não regredir, ainda veremos um tipo de sapato para cada estilo de dança.
No meio está a virtude - diziam os romanos em 3 palavras.
Não vou falar da especificidade técnica de cada modelo, mas apenas de conceitos gerais que venho transmitindo, ao longo de anos:
- O calçado com que se pratica dança, em qualquer nível ou modalidade tem de obedecer a requisitos fundamentais (para lá dos específicos de cada modalidade):
* Ser confortável e não magoar o pé (... exactamente: esses que estava a pensar deitar para o lixo, por já nem os sentir nos pés estarão provavelmente óptimos para as aulas correntes, ainda sem exigências técnicas...)
* Permitir a rotação do pé sobre o pavimento (sem que escorregue em demasia), oferecendo uma aderência suave.
De facto, para lá do conforto, as necessidades de viragem (às vezes rápida e súbita) sobre os pés, plantas ou calcanhares, exigem que o movimento se efectue sob a sola e não se vá reflectir no tornozelo, joelho ou anca.
Faça o seu próprio teste, aos sapatos que usa, no pavimento onde dança, para evitar surpresas desagradáveis.

É mais de meio caminho andado para "aguentar" com alegria e vivacidade, duas horas intensas de dança, sem risco de lesões dolorosas e incapacitantes.
(Lembramos que as Escolas, por não desenvolverem actividades de dança desportiva, não dispõem de seguro específico; pode, cada aluno, individualmente, tratar de um pessoal. O Grupo Desportivo e Recreativo de Manique de Cima pode tratar-lhe de um, se quiser, a preço razoável, bastando, para isso, solicitá-lo na secretaria.)
...e não esqueça: ria muito, dance muito e beba muita água.(Texto de José Serra)

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----------Danças, Passos, Coreografias... e seu uso----------
Cada estilo de dança possui um conjunto de passos específicos (alguns comuns, a várias danças) que a tradição; os dançarinos instintivos, ao longo dos tempos; os coreógrafos dedicados e os “legisladores” e “normalizadores” (organizados, muitas vezes, em “escolas”, associações ou federações) foram criando e definindo, como caracterizadores de cada estilo.
A evolução que acompanha o tempo, tem introduzido novos passos, nas danças já definidas, por influência de estilos com afinidades. São exemplos disto, a Salsa (que significa ”molho”, ou seja, mistura de vários ingredientes / origens) que nasceu do Mambo, Rumba, Son, Merengue, Jive e outras... e que actualmente está a exportar passos para os estilos que estiveram na sua génese, por ter, entretanto, sido enriquecida com movimentos concebidos por “especialistas”. Ou o Tango de Salão que tudo fez, inicialmente, para se separar da “má fama” do Tango chamado Argentino e que, actualmente, com costumes mais permissivos, tem ido buscar, à fonte, movimentos e posturas mais eróticos.
Um passo de dança é um movimento, ou conjunto de movimentos, constituindo uma unidade definida, caracterizada, e com designação própria. A sua identidade contém tempo (lento, rápido...), direcção (frente, trás...), lateralidade (membros direitos ou esquerdos), modo (caminhando, arrastando...), relação com o par (aberto, fechado...), gesto (posição dos braços...), postura (costas direitas, inclinado para a frente...), expressão facial (alegria, paixão...), expressão corporal (realçando a anca, descontraidamente...), arte (qualidade com que se executam as componentes de um passo...) e muitos outros elementos tão variados, quanto as origens das diferentes danças, as gamas rítmicas e orquestrais, e a assombrosa complexidade humana, no seu corpo e na sua mente.
Coreografar uma dança é usar os passos e posturas definidos, juntando-os a movimentos ou posições criativos (free-style), dando-lhes uma ordem específica, como se de peças de puzzle, de múltiplas soluções, se tratasse, objectivando a obtenção de um “continuo” harmonioso e artístico, identificável como “aquele estilo”.
As coreografias são montadas usualmente, para apresentação pública, mas (e talvez, na maioria das vezes) também para fins didácticos, nas escolas de danças, no conceito mais lato.
Como todas as criações humanas, as coreografias (e os passos de dança) têm um autor, o que faz levantar a questão do direito do seu uso público e privado, por terceiros.
Haverá talvez, mas, no “meu mundo”, não tenho conhecimento de nenhum registo de propriedade de uma coreografia ou de um passo, o que os transforma automaticamente em “domínio público”.
Pense, aliás, quão caricato seria, estar numa sala de dança, interpretando livremente uma Rumba, e aparecer alguém, de documento na mão, a dizer-lhe que a sequência / coreografia que acabava de fazer, estava registada em nome dele e que, portanto, acabava de cometer um crime! Mais absurdo ainda, seria eu ensinar-lhe uma coreografia, numa escola; o meu estimado aluno, pagar-me para eu lha ensinar; aprendê-la com empenho, gosto e treino; vê-lo eu, um dia, a dançá-la, com qualidade e brio, num lugar qualquer; ir “moer-lhe a cabeça” ou “chorar-lhe no ombro”, clamando que a coreografia “é minha”, pelo que não devia dançá-la, sem a “minha bênção”.
Olhe, caro Aluno: dance, à sua vontade o que lhe ensino e o que não lhe ensino e, se, um dia, eu ficar tonto e for interpelá-lo por isso, mande-me tratar.
Acima de tudo, seja feliz e, para isso, sempre ajuda “rir muito, dançar muito e beber muita água”, como dizia a velhota de S. Pedro do Sul... que se sentiria feliz, de certeza, se soubesse que transformei os seus conselhos (gratuitos) no lema do SintraDanceS! (Texto de José Serra)


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SALSA

---------PASSOS DE NÍVEL I---------
Aquecimento em shines
Base normal
Laterais
Laterais com penteado, ombros, cintura
Deslocamento
Cruzados atrás
Cruzados atrás c/ deslocação
Pivot
Pivot esquerdo
Cruza à frente e atrás
Cruzado em redondo
Cruzado em redondo c/ flecha (no 3 e no 7)
Cumbia
Estrela
Cross body lead (cross)
Ponta, calcanhar, ponta
Lateral cruzado

Salsa a par em linha
Base normal
Par fechado, par aberto
Laterais
Laterais c/ deslocamento
Laterais c/ deslocamento e meia volta
Cruzados
Cross body lead (cross)
Cross com volta da S e paragem no ombro
Cross com volta da S e paragem na cintura
Cross com volta da S, paragem na cintura e c/ H de joelhos
Pivot da S
Pivot da S com troca de mão e penteado
Pivot do H
Pivot do H, pivot da S
Pivot esquerdo do H c/ troca de mão
Pivot esquerdo do H c/ mão da S pela cintura
Pivot esquerdo do H c/ 70, penteado, cross com volta da S, saída em pivot da S
Pivot esquerdo da S
Pivot da S c/ troca de mão, penteado e cross com volta da S, saída em pivot da S
Pivot livre
Pivot livre e shines (lateral, cruzado em redondo, cruzado à frente e atrás)
Cross aberto (passagem da S sem volta)
Shines a par c/ cumbias da S, saída em cross c/ duas mãos
70 pivot, cross c/ volta da S, saída em pivot da S
70 pivot duplo, cross c/ volta da S, saída em pivot da S
72 com duplo penteado
Jason (mão no ombro) e volta da S
Jason queda e volta da S
Jason, volta do H e volta da S
Cross c/ volta do H (troca de mão)
Cross c/ volta do H e volta simples da S (termina em base cubana)

Salsa a par cubana
Base cubana
Volta simples da S
Volta livre da S (simples pela cintura sem mãos)
Volta simples da S c/ enchufle
Volta simples da S, troca de mão e enchufle
Enchufle e dile que no
Prima (termina em base normal)
70 enchufle e dile que no
73
enchufle, duplo penteado e dile que no
73 enchufle, paseala, volta da S, novo enchufle e dile que no
73 enchufle, paseala, 70, cross com volta da S e saída c/ pivot da S
Enrola
Enrola c/ meias voltas (mão no ombro, mão no pescoço, parte o braço, saída em enchufle)
Enrola c/ queda
Elbow to elbow
Voltas em triângulo (mão pela cintura, mão por cima, mão direita), saída em dile que no
Voltas em triângulo e saída em enrola
Enchufle e dile que no com mão direita
Volta simples c/ troca de mão, enchufle c/ mão direita e dile que no c/ mão direita
Volta simples c/ troca de mão, enchufle c/ mão direita e voltas em triângulo

Passos típicos de roda
Arriba, abajo, volta da S, volta do H, volta 2 mãos, volta da S com H de joelhos
Cruzados
Cruzados c/ exibila
Rancho
Dame una, dos, tres, ...
Dame arriba
Tres beijinhos
Enchufle ao meio
Enchufle rey bueno, rey malo, policia, despenteala, espagueti
Enchufle arriba
Toca-Toca
70 complicado (c/ exibila)
Enrosca (colectâ
nea organizada, para publicação, por Pedro Cruz)

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DANÇA ORIENTAL

Dança Oriental de nome verdadeiro "Raks al Sharki"
É a Dança mais antiga que existe, resistindo século após século a uma infinidade de contingências e preconceitos.
Possui qualidades terapêuticas e artísticas, pelos seus efeitos ao nível físico e psicológico e pela liberdade criativa, conferida a quem a pratica.
Todos os seus movimentos são orgânicos, baseados na locomoção, na nossa expressão natural e na movimentação consciente e inconsciente de todas as articulações e músculos do nosso corpo, dos maiores, aos mais subtis e sensíveis.
Na Dança Oriental trabalha-se todas as partes do corpo isolada e conjuntamente, oferecendo a quem a pratica o controle total sobre o seu corpo. Os próprios movimentos da Dança dão uma sensação agradável de descontracção e harmonia.
Ao restaurar bloqueios ao nível físico, a Dança Oriental restaura também bloqueios ao nível psicológico (problemas reprimidos, emoções contidas, inseguranças, medos, e questões de auto-estima), funcionando assim como terapia.
Quem a pratica sente-se cada vez melhor consigo mesma, vê qualidades em si, das quais, antes, nem suspeitava, e tende a olhar para as suas próprias falhas, como desafios a serem ultrapassados, em busca dum auto-aperfeiçoamento constante.
Para se aprender a sentir/dançar a Dança Oriental, não precisa ter idade certa, nem corpo perfeito, precisa somente de ser MULHER. (texto cedido para publicação por Thayra)

Dança com Véu
No Mundo Árabe, os véus são parte da rotina de qualquer pessoa, seja para proteger a cabeça do calor, seja por motivo religiosos ou como adorno. No entanto ao contrário do que se pensa, a dança com véu/s, é uma dança de origem ocidental, norte-americana, tendo sido, portanto, criada há pouco tempo (meados do séc. XX) , ao contrário das danças folclóricas.
Quando se fala sobre a importância e o significado do véu, devemos lembrar que os movimentos na Dança do Ventre estão relacionados aos animais, às plantas, aos símbolos da mitologia egípcia e aos quatro elementos da natureza. Portanto, podemos relacionar o véu, com o elemento ar (com os ventos que sopram do deserto).

Dança do Jarro/Cântaro
Era executada em cerimónias presididas pelos faraós à beira do rio Nilo, para pedir ao rio que inundasse as terras/ suas margens, possibilitando as plantações e as boas colheitas.A dança do jarro pode ser, também, uma dança folclórica. Neste caso, a bailarina representa a rotina das beduínas: caminha de sua tenda até ao oásis, onde descansa, conversa com as outras mulheres da tribo, refresca-se, busca água em seu jarro e retorna à sua tenda.

Folclore Egípcio

As danças folclóricas, retratam os costumes ou rituais/festas características de certa região e, por isso, são utilizadas roupas diferentes das da dança oriental clássica. No entanto, a teatralização destas danças, fora do contexto geográfico e cultural, permite fazer uma fusão mais requintada, quer de movimentos, quer de indumentária.Neste sentido, só se poderá fazer uma teatralização da festa, porque esta ocorre fora do seu contexto cultural. (textos cedidos para publicação por Carla Ayallah)